Como a escola poderá atender as exigências impostas pela sociedade do conhecimento?
A escola tem respondido aos anseios da
sociedade no sentido de direcionar a formação cidadã ao preenchimento
dos postos de trabalho que impulsionam as forças produtivas. No
capitalismo industrial o Estado assumiu a educação e construiu
similaridades que convergiam em uma formação instrucional voltada a
tornar o mais próximo possível o ambiente da fábrica ao da escola.
Horários rígidos, campainhas e conhecimento fragmentado materializavam
essas intenções.
A sociedade do conhecimento mudou o foco de
valor baseado na produção industrial para a informação. As
telecomunicações e o fluxo de capitais aliados à constante produção e
divulgação de informações suscitam um cidadão capaz de continuar
aprendendo sempre, flexível, criativo e dinâmico e a escola surge
novamente como instituição criadora deste cidadão. A escola deve
portanto atingir esse objetivo construindo novas realidades em seu
cotidiano que vão desde a mudança da relação professor-aluno até o
desmonte de toda estrutura compartimentada com que apresenta os
conteúdos. A escola hoje deve preocupar-se em criar habilidades e
competências necessárias a inserção e permanência do indivíduo perante o
cenário atual: Criação, divulgação e obsolência de saberes em
velocidades nunca vistas antes.
As imcubências exigidas pela sociedade do
conhecimento à escola têm sido concretizadas em todos os níveis de
ensino, contudo, em todos os casos há pontos posítivos e negativos. No
nível médio já é possível identificar o ensino e abordagem
interdisciplinar na prática educativa. Os livros, tanto no fundamental 1
e 2, já apresentam o conceito de interdisciplinaridade. Porém, enquanto
não houver a mudança na forma pela qual os conteúdos são tratados, ou
seja, a compartimentação do saber, será difícil criar habilidades como
pensamento em rede e consciência planetária.
Ref: BOFF, Leonardo. A Carta da Terra e a consciência planetária. Um olhar “de dentro”. In: OLIVEIRA, P.A.R.; SOUZA, J.C.A. (Orgs.) Consciência Planetária e Religião – Desafios para o século XXI. São Paulo: Paulinas. 2009.
MORIN, E. Introdução ao pensamento
complexo. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007.
27/01/2015
Jorge Luiz
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