"Haverá um dia - talvez este já seja realidade -
em que as crianças aprenderão muito mais - e muito mais rapidamente, em
contato com o mundo exterior do que no recinto escolar". McLuhan (1964)
A citação de McLuhan, da forma como apresenta-se,
assemelha-se a uma profecia. Tal profecia encontra sua realização na
contemporaneidade. O ato de aprender e ensinar deixou de ser
exclusividade da escola e passou a materializar-se nas residências, nas
ruas, na palma das mãos... Com a advento das telecomunicações e a
revolução tecnológica, o conhecimento teve expandida radicalmente sua
disponibilidade. Os gráficos, layouts e toda espécie de incremento
digital que acompanha as informações, tornam o ato de aprender bem mais
atrativo que a velha fórmula escolar: Professor - discurso - ouvir -
memorizar.
A atual complexidade suscita da escola novos
posicionamentos que tendem a desmontar toda antiga estrutura na qual se
baseou no último século. Sua missão envolve pontos que vão desde a
necessária abertura às culturas globais até a reestruturação do modo de
se trabalhar os conteúdos. Priorizar os processos de comunicação, em
nível virtual, global e local, e estabelecer relacionamentos abertos com
outras instituições capazes de gerar conhecimentos, como museus e
bibliotecas, são alguns dos novos posicionamentos que a escola deve tomar
para manter sua justificativa de existência e de local primário onde se
dá o processo de ensinar e aprender. Apesar da grande disponibilidade
de informações e de ser possível aprender muito e muito rápido usando
a tecnologia, a força institucional da escola enquanto provedora de
aprendizagem não acabou, só precisa ser melhorada e adaptada aos novos
tempos.
Ref: Mcluhan, Marshal. Editora Cultrix, 1974
31/01/2013
Jorge Luiz
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