Avaliação institucional nas escolas é para controlar ou para democratizar?
A avaliação institucional constitui-se em mais um mecanismo
de controle do desempenho da escola como um todo e a partir do qual se
devem tomar rumos no sentido de atingir a qualidade total na educação.
Esse controle pode ser visto pelos profissionais envolvidos no processo
educativo como uma forma do Estado supervisionar e ditar os rumos
da escola sem contudo comprometer-se totalmente na medida em que não
realiza essa fiscalização sozinho, mas compartilha com os profissionais e
comunidade escolar suas ações.
O Estado perde a legitimidade de avaliador quando se exime
de sua função mantenedora e passa a fiscalizar e encontrar falhas que
muitas vezes nascem de sua omissão não só no ambiente escolar mas nas
políticas sociais capazes de elevar o nível de vida e capacidade de
sobrevivência através de reais oportunidades de trabalho e formação.
Quando isso não acontece, é na escola que ocorrerão os reflexos:
dificuldades de aprendizagem, indisciplina etc.
A avaliação institucional possui sua legitimidade quando se
realiza sob um modelo gestão participativo que, ciente dos diversos
fatores externos que influenciam a qualidade dos resultados e ações
escolares, não deixa de perceber os fatores internos que limitam o
sucesso da educação. Tais fatores podem ser facilmente identificados:
Docentes descompromissados com o ensino, desconhecimento ou
descumprimento da proposta pedagógica, falta de projetos
interdisciplinares que trabalhem os temas transversais sem os quais não
há formação cidadã, dentre outros. Levando em conta esse segundo aspecto
da avaliação institucional, acredito que tal avaliação seja necessária e benéfica
para a escola, desde que feita para achar soluções e não apenas para encontrar e punir culpados, destes, o Estado seria o primeiro réu.
Jorge Luiz
14/04/2013
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